terça-feira, 2 de abril de 2013

ɞ Capítulo Quarenta e Cinco ʚ

Enquanto estava abraçada com ela, percebi que seu corpo tinha amolecido.. Olhei para ela para ver o que tinha acontecido, e vi que ela havia desmaiado. Entrei em desespero, não sabia o que fazer.. Deixei ela deitada na cama e corri para a cozinha, para pegar um pouco de álcool para fazê-la cheirar -não lembro de onde tinha ouvido que isso ajudava-. Quando voltei, coloquei-a em meus braços, e coloquei um pano molhado em álcool para cheirar, aos poucos percebi que ela já estava consciente mais uma vez, porém ainda não tinha aberto os olhos.

_ Sophi, você ta bem?

_ Tô... melhor. -Disse ela pausadamente, porém ainda sem abrir os olhos.

_ Porque você não abre os olhos?

_ Vai lá tomar banho.. vai. -disse ela me empurrando.

Tinha ido tomar banho -meus banhos são muito longos- e quando eu voltei, vi que ela estava deitada na minha cama, e dormindo. Fiquei com dó de chama-lá, e então joguei um edredom em cima dela, e ela não tinha percebido. Não via nenhum mal em deitar ali com ela -não tinha nenhuma outra intenção-. Quando deitei, ela percebeu minha presença, e colocou a cabeça sobre meu peito.. Ali, abraçados, nós adormecemos.

Acordei no domingo bem cedo, precisávamos voltar pra Londrina. Vi que Sophia não estava mais ali, fiquei preocupado e sai pela casa procurando-a, mas só a encontrei do lado de fora, olhando as plantas sentada em um banco que tinha ali.
O sol refletia em seu enorme cabelo preto, fazendo com que ele brilhasse e seus olhos com aquele tom de mel pareciam me encantar mais a cada segundo.
Eu gostava da Sophia - e muito - e ela também gostava de mim, mas eu sabia que só gostar não seria suficiente... Mas isso pra mim já era o bastante pra tentar!

_Pensando em que? -Perguntei sentando ao seu lado.

_Oi! -Ela disse depois de sorrir.

_Oi, tá tudo bem?

_Tudo bem sim, ontem foi só um susto mesmo e respondendo a sua pergunta, tava pensando no dia que nós nos conhecemos!

_Nossa! Será que se eu não tivesse te atropelado as coisas estariam assim?

_Nada é por acaso, não foi atoa que eu vim morar aqui em Londrina.

_Verdade...

...

Luan me deu um beijo e voltamos pro chalé. Juntamos algumas coisas e não demorou pro motorista chegar, fomos direto pro aeroporto, ainda era cedo mas tinha movimento. Luan colocou um boné e um óculos escuro, seguiu direto pro avião e eu fui pouco depois pra não sair boatos.


A volta foi rápida e tranquila, só era difícil a incerteza de quando o veria novamente. E além de tudo não sabia o que nós éramos exatamente, mas aquilo ainda estava longe de ser um namoro, então eu não poderia exigir de Luan fidelidade, mas não suportava a ideia de outra mulher beijá-lo.
Deixaria as coisas irem acontecendo, de qualquer forma aquele sábado já havia se tornado o melhor da minha vida! E eu queria que todos os que ainda estavam por vir fossem tão bons como aquele e fossem ao lado dele.

_Que dia vou te ver de novo? -Perguntei a Luan quando paramos na entrada do condomínio.

_Não sei exatamente, vou viajar hoje a tarde e vou ficar no mínimo dez dias fora. Tenho muitas coisas pra resolver, shows, entrevistas... Tudo que você sabe, mas prometo que assim que der eu venho correndo ter ver.

_Eu sei. Sou sentir sua falta!

_Eu também.

Nos despedimos com um beijo e Luan prometendo que me ligaria sempre que fosse possível. Desci do carro e fui andando até a minha casa, não queria ter que inventar mais desculpas pro meu pai.

_Sophia! Onde você esteve? -Meu pai começou o interrogatório assim que entrei em casa.

_Oi pai! Eu fui pra casa da Luana, minha amiga da faculdade, como eu te falei ontem.

_Eu sei mas eu fiquei preocupado. Queria comemorar com você e sua mãe a sua vitória no hipismo.

_Podemos comemorar hoje! -Tentei fugir do assunto.

_Claro! Você escolhe onde vamos almoçar.

_Pode escolher pai, não tem problema.

Não dei muita atenção e fui pro meu quarto, tomei um banho e coloquei um vestido azul, prendi o cabelo em um rabo de cavalo e calcei uma rasteirinha.
Desci e meu pai estava ao telefone e minha mãe ao seu lado. Me aproximei deles e logo saímos, não falava muito porque tinha medo de falar demais e o que eu não precisava naquele momento era problemas com meu pai.



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