sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

ɞ Capítulo Quatorze ʚ

_ Alô? -Disse muito baixo.

_ Oi Sophia, como você está?

_ Tô bem, Bruno.

_ Acabei de falar com seu pai, ele me disse que você foi atropelada. Você se machucou muito?

_ Bruno, fica tranquilo, está tudo bem... Não foi nada grave, meu pai deve ter dito coisas demais.

_ Você sabe quem atropelou você?

_ Sei -disse olhando para Luan.

_ A pessoa te ajudou, ou fugiu?  -Disse preocupado.

_ Me ajudou, Bruno agora eu vou ter que desligar ta? Depois conversarmos, beijos.

_ Tudo bem. Beijos. -disse desligando o telefone.

_ Pode colocar o celular onde estava, fazendo favor? -disse a Luan.

_ Pronto. -disse colocando em cima da mesinha, dessa vez ele não olhou no visor.- Então, acho que vou indo.

_ Tudo bem, até qualquer hora.

_ Até o dia da sua alta, melhor dizendo. -disse sorrindo.

_ Ah é, tudo bem.

_ Qualquer coisa você me liga ok?

_ Ok.

Ele veio até mim e me beijou na testa, sorriu e saiu. Enquanto pensava nas coisas que tinha acabo de acontecer, percebi que ele não tinha me dado seu número.

_ Droga. -disse a mim mesma.

Só iria ficar lá apenas aquela noite, achei desnecessário isso, mas tinha que ficar já que Luan e meu pai insistiram nisso.
No dia seguinte fui embora bem cedo, estava cansada. Liguei para as meninas para dizer que tudo estava bem.

_Quem te atropelou? -Disse Amanda espantada.

_Ele mesmo Amanda, da pra acreditar?

_Caramba, que sorte!

_Sorte por um lado, azar pelo outro.

_Porque?

_Vou ter que ir pra faculdade de braço quebrado, esse não era bem o jeito de causar boa impressão que eu estava querendo.

_Não esquece que logo você tira. -Disse ela rindo.

_Talvez eu vá almoçar ou então jantar na casa dele Amanda, ele mesmo que chamou.

_Uau.

_ Ele disse que era uma forma de pedir desculpa, mas se bem que eu não acredito que eu vá.

_E porque não?

_Não sei, só acho que não agora. Quem sabe depois que eu tirar o gesso do braço, vai ser melhor. E também porque ele não para nessa cidade, muito menos em casa... Então vai ser difícil.

Conversarmos durante muito tempo Dez dias se passaram e não vi nenhum sinal dele por ali, nenhuma movimentação a mais, preferi ficar em casa durante esses dias, evitei encontrar com seus pais e sua irmã não era exatamente uma pessoa timida mas não sei por qual motivo fiquei com vergonha deles.
As aulas começaram na ultima semana de janeiro, não podia negar que estava empolgada e ansiosa pra conhecer a nova faculdade, os novos alunos, talvez encontrasse lá até um novo amor.

_ Bom dia! -Falei encostando no balcão da cozinha.

_ Bom dia querida, animada para o primeiro dia? -Disse minha mãe.

_ É, tirando a parte que eu não queria estar com o braço quebrado. Está tudo bem.

_ Daqui alguns dias você já tira esse gesso. -Disse meu pai me dando um beijo no rosto.

Tomamos o café da manhã juntos hoje. Logo após eles foram pra empresa e eu para a faculdade. Estava cheia de expectativas. Esperava muito conhecer ao menos uma pessoa que se tornasse minha amiga, uma amiga ultimamente estava me fazendo muita falta.
Cheguei na faculdade, era enorme e bem diferente do que eu estava imaginando. Na minha turma os alunos e os professores eram bem agradáveis -eu imaginava que seria ao contrário, pelo menos comigo-.
Sentei na primeira fila do lado da porta, sentei atrás de uma garota chamada Luana e na frente de um rapaz chamado Eduardo.

Acho que porque era o primeiro dia, as aulas passaram rápidas. Cheguei em casa troquei de roupa, almocei -sozinha- e liguei para as meninas para saber como foi as aulas delas e pra falar também das minhas. Como eu não tinha nada pra fazer decidi então sair de casa e dar uma volta pelo condomínio para conhecer as coisas e também as pessoas -já que eu não havia saído muito de casa nos últimos dias-.
O Condomínio era enorme, por onde passava via algumas pessoas que por simpatia me cumprimentavam. Estava chegando perto de um banquinho, quando vi um cachorro... Ele era familiar, era o cachorro que eu desviei no dia do acidente. Logo ele veio ao meu encontro, estava querendo brincar.

_ Oi garotão -disse me agachando e passando a mão na sua cabeça- como você ta hein?

_ Oi...Obrigada por segurar ele pra mim- disse uma garota se aproximando.

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