Havia caído depois de bater no carro, minha bicicleta ficou de um lado e eu do outro.
_Moça, deixa eu te ajudar!
Aquela voz era familiar, mas achei que talvez estivesse confusa por causa da pancada. Fiquei com medo de me virar e ver que aquilo não passava de uma ilusão, mas mesmo assim resolvi olhar. Quando me mexi senti o quanto meu braço doía.
_Ai. -Falei.
Senti uma mão na minha cintura e outra no meu braço, me ajudando a levantar, me fazendo virar devagar e olhar quem era.
_Ai. -Falei de novo, mas dessa vez não era por dor e sim por surpresa, felicidade...
_Eu vou chamar uma ambulância, meu Deus do céu me desculpa moça, eu deixei o cachorro da minha irmã fugir e acabei te atropelando.
Foi um choque quando olhei dentro dos seus olhos, senti a sensação mais estranha e absurda do mundo com seu olhar no meu.
Ele continuava com a mão em minha cintura e falava rápido, estava mais assustado que eu.
_Não tem problema, não precisa chamar ambulância, eu tô bem. -Falei encarando o chão.
_Não, olha seu braço tá machucado.
_Ai. -Falei quando senti o braço doer novamente.
_Vem, entra aqui que eu te levo no hospital.
_Eu não acho uma boa ideia você ir em um hospital, eu pego um táxi e vou sozinha, não tem problema. Só preciso passar em casa.
_Eu faço questão de te levar, mesmo que eu fique dentro do carro.
_Tudo bem, mas e o cachorro? E a minha bicicleta?
_Deixa que eu resolvo tudo, agora vamos, seu braço tá muito vermelho.
Ele era mais perfeito do que todas as milhões de vezes em que eu havia imaginado, me ajudou a chegar no carro e minutos depois paramos em frente a sua casa, que era bem perto da minha.
_Fica aqui, eu já volto.
Ele saiu do carro e entrou rápido na casa, voltando pouco depois com sua mãe, sua irmã e seu pai que foram correndo provavelmente buscar o cachorro e minha bicicleta.
_Eu preciso ir na minha casa, ligar pros meus pais. -Falei quando ele entrou no carro novamente.
_Toma meu celular, pode ligar dele.
_Eu prefiro ir até a minha casa, eu vou sozinha, não precisa se preocupar. -Tentei abrir a porta do carro com a mão direita mas não consegui.
_Eu vou com você até lá.
A única coisa que estava comigo era a chave da casa, Luan abriu a porta e entrou comigo, peguei meu celular na sala e liguei pra minha mãe, seu celular estava desligado. Então, resolvi ligar pro meu pai.
_Oi Sophia.
_Pai, você tá muito ocupado?
_Não, mas estou um pouco longe de casa por que?
_É porque eu machuquei o braço e queria que você me levasse ao hospital, meu braço tá doendo muito, acho que eu quebrei.
_Sophia onde você tá? O que aconteceu? Nós vamos embora agora, daqui a pouco a gente chega ai.
_Tô em casa pai, depois eu te explico o que aconteceu.
Luan me segurou pelo outro braço, me fazendo sair de casa.
_Meu pai já tá vindo...
_Eu vou te levar ao hospital, me espera aqui.
Ele saiu correndo e pegou o carro na porta da sua casa, parando em frente a minha. Entrei no carro e liguei pro meu pai novamente avisando que já estava indo pro hospital, falei o nome que Luan me passou e pedi pra que eles me encontrassem lá.
Já estava anoitecendo e também esfriando fazendo com que meu braço doesse mais.
_Tá quebrado. -Senti meus olhos molhados ao falar isso.
_Tá doendo muito? -Luan perguntou.
_É...
_Como você chama?
_Sophia.
_Me desculpa mesmo Sophia.
_Tá desculpado. -Sorri mesmo com a dor.
Chegamos ao hospital, ele estava de óculos escuro, jaqueta e boné, mesmo já estando quase noite. Entramos na clínica que era exageradamente elegante, uma moça nos atendeu na recepção.
_Boa noite, em que posso ajudá-los?
_Moça, acho que ela quebrou o braço e foi culpa minha, tem como ela ser atendida agora? -Luan perguntou.
_Bom, vocês vão ter que esperar alguns minutos, tem pessoas na frente de vocês. -Ela falou educadamente.
Luan tirou o óculos, fazendo-a levar a mão até a boca.
_Eu realmente não posso ficar aqui muito tempo, e ela tá sentindo muita dor. -Luan falava bem próximo a ela.
_Vou ver o que posso fazer por você. -Ela sorriu e se levantou.
Ficamos em pé no mesmo lugar, até que ela voltou acompanhada de uma enfermeira.
_É melhor você ficar lá dentro, não tem problema. -A moça falou.
_Muito obrigado viu? -Luan falou, colocando a mão no seu ombro.
Acompanhei a enfermeira que me levou até a sala de raio-x, Luan ficou esperando do lado de fora, algum tempo depois saí com o braço engessado e já segui direto pro quarto.
_Ela vai ficar de observação, sentiu um pouco de tontura e vai ficar aqui algumas horas. -A enfermeira falou com Luan.
_Tá bom, qualquer coisa eu te chamo.
Ela saiu do quarto e eu fiquei encostada na cama, com uma enorme vontade de ir embora. Luan se sentou ao meu lado e abriu a boca pra falar alguma coisa, mas meu pai não deixou.
_Sophia! -Ele e minha mãe falaram juntos.
_Oi mãe, oi pai.
Meu pai me abraçou, fazendo meu corpo doer.
_Ai pai, meu corpo tá doendo.
_Desculpa Sophi.
Minha mãe se sentou do meu lado, e Luan ficou em pé perto da porta.
_O que ele tá fazendo aqui? -Meu pai perguntou sem entender o que estava acontecendo- É o Luan Santana?
_É o Luan pai, eu bati a bicicleta no carro dele.
_Boa noite. -Luan falou e estendeu a mão pro meu pai.
_Então a culpa disso tudo é sua, cantorzinho irresponsável. -Meu pai falou alto.
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Oi leitoras!! Estão gostando da fic? Obrigada por todos os comentários...
Próximo capítulo depois de quatro comentários ok?
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4 comentários:
continua nega
vish eita porra foi pro pau hein luan!!kkkkkkk' continua nega!!
ahhhhhhhhhhh fiqquei uns dia longe da qui mais tou de volta li tudinho ta muito boa.. continuaaaaaaaaaaaaaa
Luan não teve culpa. Na verdade, nenhum dos dois. Mas acredito que a Sophia vai contornar a situação.
Yana
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